O oncologista Prof. Doutor Mário Fontes e Sousa esteve à conversa com a Inside Now sobre o impacto da pandemia na área da Oncologia, tendo partilhado a realidade vivida no Hospital CUF Tejo, em Lisboa, mas também estratégias que, na sua visão, podem ser implementadas para garantir o melhor e mais atempado tratamento dos doentes.
“Da mesma forma que 80% dos casos que seriam diagnosticados estatisticamente não o foram, significa que estes diagnósticos vão aparecer, algures no tempo. Provavelmente, daqui a uns meses, vamos ter um número enorme de diagnósticos e depois vai ser difícil dar resposta a este tipo de tratamentos”, antecipa.
“Numa perspetiva colaborativa, acho que a capacidade de integrar os hospitais privados neste tipo de circuito deve ser considerada”, afirma, acrescentando que uma das estratégias que gostaria de ver, no futuro, passaria por "estreitar esses laços" e "criar colaborações que permitissem, de alguma forma, aliviar o SNS”.
A vacinação contra a COVID-19, no caso dos doentes oncológicos em diferentes tipos de tratamento ativo, é outro dos tópicos que aborda, sublinhando a necessidade de serem desenvolvidos estudos especificamente para esta população.