Resultado de uma reunião extraordinária, em que analisaram a atual situação da Saúde em Portugal, frisam que “o Governo não se pode desresponsabilizar das suas obrigações e deveres e inverter o ónus para a população e profissionais de saúde”, partilhando, no dia 23 de outubro, um conjunto de “recomendações urgentes”.
Considerando que Portugal vive “o momento de maior pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com risco de rutura e de graves consequências assistenciais em todas as aéreas”, defendem que o Orçamento do Estado para 2021é “insuficiente e não permitirá resolver os grandes problemas”. Neste campo, dizem que o documento não prevê “um imperioso reforço de verbas para que seja concretizadauma adequada gestão e alocação de recursos humanos e técnicos para fazer frente às necessidades assistenciais presentes e futuras da população”.
A gestão coordenada e centralizada a nível regional e nacional das camas de internamento para doentes com COVID-19, com envolvimento do INEM, ANEPC e Forças Armadas, é também apontada como urgente.
A OM e o seu Gabinete de Crise descrevem como “imperiosa” a libertação de profissionais de saúde para atividades mais diferenciadas, nomeadamente para a atividade assistencial não-Covid, através da contratação e gestão coordenada de recursos humanos.
“Dado o risco de sobrecarga, e possível rutura do SNS, devem ser salvaguardados, de imediato, os interesses assistenciais de toda a população através da articulação e ativação em tempo útil com o sector social e privado. Permitir que se chegue a uma fase de emergência fragiliza o Estado e prejudica a população”, sublinham.
Nas recomendações emitidas, encontram-se ainda a aceleração do processo de publicação e divulgação das Normas e Orientações da Direção-Geral da Saúde “e, em particular, a norma sobre a estratégia de testes para SARS-CoV-2 com o enquadramento dos Testes Rápidos de Antigénio”.
Fonte: Ordem dos Médicos