Em comunicado, é referido que no centro hospitalar, com capacidade para 102 doentes infetados pelo novo coronavírus, encontram-se hoje “101 doentes covid internados em enfermaria”.
Trinta e cinco doentes estão na Unidade de Caldas da Rainha (com uma capacidade total de 36 internamentos) e 66 na Unidade de Torres Vedras.
No balanço enviado às redações, o conselho de administração do CHO afirma que “a lotação não está ainda esgotada”, encontrando-se, no entanto, “perto do limite da capacidade”, com apenas uma das camas de internamento para doentes covid por ocupar.
A administração do CHO refere ainda que as últimas semanas foram “marcadas por uma enorme pressão assistencial e crescente procura de doentes, agravada pela ocorrência de um surto interno na Unidade de Torres Vedras [que no sábado registava um total de 157 casos confirmados] e de surtos com um número muito relevante de infetados em vários lares da região”.
No Hospital de Torres Vedras, “a taxa de esforço no que respeita a camas covid-19 ultrapassa já os 40%, relativamente às camas não covid”, é acrescentado.
No dia 16 de janeiro, a situação agravou-se no hospital de Torres Vedras, onde fotografias partilhadas nas redes sociais mostravam uma fila de espera com cerca de 10 ambulâncias para a urgência COVID-19, numa noite que a administradora do hospital, Elsa Baião, reconheceu ter sido “muito complicada".
A pressão sentida pelo CHO “implicou transferências de doentes para hospitais públicos e privados, ao abrigo dos acordos estabelecidos pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo [ARSLVT, I.P.], e Ministério da Saúde”, lê-se ainda na nota.
Porém, “ao nível dos Serviços de Urgência covid e não covid, a situação está presentemente controlada, não se verificando tempos de espera relevantes”, informa hoje o CA, garantindo que, dentro das limitações atuais, o CHO “continua a adotar medidas que permitam garantir a resposta”.
Nesse âmbito, no dia 15 de janeiro, na Unidade de Torres Vedras, converteram-se mais 21 camas de enfermarias cirúrgicas para tratamento de doentes COVID-19.
Também nesta unidade “está em estudo a expansão da Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios" (ADR).
Na unidade das Caldas da Rainha, na última semana, “verificou-se uma nova reorganização, no sentido de reforçar a capacidade da ADR do Serviço de Urgência Geral, enquanto se aguarda a construção de um edifício modular, que permitirá a respetiva expansão no exterior do Hospital”, de acordo com a nota hoje divulgada.
O CHO prevê ainda a abertura, em breve, de um enfermaria não covid na Unidade de Peniche.
No comunicado é igualmente enaltecido “o esforço e dedicação dos profissionais de saúde” dos três hospitais no combate à pandemia e feito um apelo à comunidade para o “cumprimento rigoroso do confinamento obrigatório e das restantes medidas de segurança preconizadas, minimizando os contágios”.
O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra. Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria.
Fonte: Lusa